DIAGNERG

quinta-feira, 26 de abril de 2012

ESCADAS - Escadas Isolantes para Linha Viva Próprias para trabalhos em linha viva, as escadas simples e extensíveis com longarinas duplas e degraus montados a partir de tubos RITZGLAS®, permitindo o uso em instalações energizadas até 500 kV. Essas escadas são dotadas de cinta de encosto fabricada em náilon revestida com borracha e sapatas fixas de borracha (exceto os modelos ET/LV) Todas as escadas são fornecidas com sacolas de proteção em lona verde pré-encolhida. Notas: 1) As escadas de extensão deverão ser estaiadas através dos olhais fixados na parte superior do elemento base. 2) Os ensaios de flexão quando solicitados, serão realizados com extensão máxima de 8,50 metros. Escadas Perfil Oblongo RITZGLAS® Escadas simples e extensíveis, com longarinas (formato oblongo) e degraus (redondos com antiderrapante) fabricadas com tubos RITZGLAS®, com acabamento por pintura em esmalte poluiretânico, dotadas de cinto de encosto fabricada em náilon revestida com borracha, sapatas móveis ou fixas, com borracha antiderrapante atendendo à norma ANSI A14.5-2007. Os modelos extensíveis são dotados de roldanas de náilon para deslizamento suave das partes, anéis metálicos nos degraus da base, catracas em aço e guias laterais com revestimento plástico. Essas escadas destinam-se à manutenção em estruturas desenergizadas, ou no máximo até 15 kV pelo método de trabalho à distância (com o uso de bastões isolantes). Em caso de manutenção até 15 kV pelo método de trabalho ao contato, recomendamos o uso adicional do distanciador isolante para escada FLV14717-1 (vide página específica desse produto). OBS.: A Escada EE/PR-15/14 deverá ser estaiada no momento de sua utilização, através de olhais existentes no último degrau da parte fixa (base). Escadas Perfil Oblongo RITZGLAS® em "A" As escadas em "A" são fornecidas normalmente com degraus em apenas um dos lados, tendo a necessidade de acrescentar à sua referência, o sufixo "/P". Para escadas com degraus em ambos os lados, deverá ser acrescido à sua referência, o sufixo "/PD". As escadas em "A" categoria pesada, serão fornecidas com tirantes de fibra de vidro com Ø 3/8" no centro dos degraus.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

MANUTENÇÃO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE MÉDIA TENSÃO

Os aspectos gerais de manutenção das instalações elétricas de baixa tensão são tratados na seção 8 da ABNT NBR 14039, que estabelece a diretrizes básicas para as equipes de manutenção e operação. Entende-se por manutenção as ações que venham a contribuir para prever, evitar ou corrigir desvios de operação e continuidade de trabalho apresentado por uma instalação ou equipamento. Nos casos de ausência da ação corretiva, é possível que haja a diminuição ou a perda de desempenho e funcionamento de um equipamento ou do todo, o risco de parada de um processo e, principalmente, pode haver um risco à integridade física dos profissionais ou das pessoas que venham a ter contato direto ou indireto com essas instalações defeituoso. Condições Gerais de Manutenção Em 8.1, a ABNT NBR 14039 preserve que, antes da realização de qualquer serviço de manutenção, devem ser atendidas as prescrições gerais a seguir. Sempre que aplicável, a instalação a ser verificada deve ser desenergizada. Os casos em que não seria aplicável a desenergização podem estar relacionados com aspectos operacionais complexos ou custos elevados de paradas de produção e indústrias, centros de processamento de dados, áreas de segurança, etc. Além disso, podem existir questões de segurança e saúde das pessoas afetadas por essa parada do equipamento, como em instalações assistenciais de saúde, por exemplo. A NR 10 traz uma série de medidas para a segurança dos trabalhadores que executam serviços de manutenção em redes energizadas. Assim como na NR 10, a norma NBR 14039 prescreve que, após a manobra de desenergização, caso ela ocorra, todas as partes vivas devem ser ensaiadas quanto a presença de energia mediante dispositivos de detecção compatíveis ao nível de tensão da instalação. Todo equipamento e/ ou instalação desenergizado deve ser aterrado, lembrando-se que, antes de proceder ao aterramento, deve-se garantir que não haja carga residual ou cumulativa, efetuando-se primeiro a sua descarga elétrica. Podem ser os casos de aterramento de capacitores e cabos de média tensão de grandes extensões. Após a desenergização, toda e/ou todo equipamento desenergizado de ser bloqueado e identificado. Os dispositivos e as disposições adotados para garantir que as partes vivas fiquem fora do alcance podem ser retirados para uma melhor verificação, devendo ser impreterivelmente restabelecidos ao término da manutenção. Além disso, deve-se garantir a confiabilidade dos instrumentos de medição e do ensaio, calibrando-os conforme a orientação do fabricante. Os acessos de entrada e saída aos locais de manutenção devem ser desobstruídos, sendo obrigatória a inclusão de sinalização adequada que impossibilite a entrada de pessoas que não sejam BA4 e BA5 (conforme tabela 12 da ABNT NBR 14039), chamadas, respectivamente, de capacitadas e habilitadas na NR 10. Qualquer manobra, programada ou de emergência, deve ser efetuada somente com a autorização de pessoas qualificada (BA5), sendo que, conforme 8.1.6, qualquer manobra deve ser efetuada por, no mínimo, duas pessoas, sendo que uma delas deve ser BA5. Assim como na NR 10, de acordo com a ABNT NBR 14039, é obrigatório o uso de EPC (Equipamentos de Proteção Coletiva) EPI (Equipamentos de Proteção Individual) apropriados, em todos os serviços de manutenção das instalações elétricas de média tensão, e os envolvidos no serviço devem ter conhecimento dos procedimentos que vierem a ser executados. Condições Específicas De Manutenção As particularidades sobre manutenção de instalações elétricas de media tensão são tratadas em 8.2 da ABNT NBR 14039 conforme descrito a seguir. Periodicidade A periodicidade da manutenção deve adequar-se a cada tipo de instalação, considerando-se, entre outras, a sua complexidade e importância, as influências externas e a vida útil dos componentes. Para efeito de exemplo de periodicidade da manutenção, o artigo “Manutenção em equipamentos elétricos”, dos autores Antonio Tadeu Lyrio de Almeida e Marcelo Eduardo de Carvalho Paulino, os períodos de manutenção são relativamente pequenos, da ordem de poucos meses. Isso implica que, nos casos de instalações elétricas de média tensão, é imperativa a existência de um rigoroso plano de manutenção. A falta de manutenção nas redes elétricas em geral (e particularmente naqueles que têm a presença de transformadores, para-raios, capacitores, disjuntores e seccionadores de média tensão) pode acarretar graves acidentes, sejam relativos aos choques elétricos ou aos incêndios e explosões. As empresas de manutenção de instalação elétricas devem contar com profissionais especializados e altamente treinados no assunto e equipamentos adequados, modernos e seguros para as funções a que se destinam. Fonte: Revista: O Setor Elétrico Ano 7 – Edição 73 Fevereiro de 2012

quinta-feira, 19 de abril de 2012

INSTALAÇÕES EM CONFORMIDADES

UMA ANÁLISE SOBRE OS DOCUMENTOS TÉCNICOS EXIGIDOS PELA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA PARA A EXECUÇÃO DE PROJETOS DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS. A documentação técnica das instalações elétricas é uma ferramenta que possui importante papel na gestão das plantas elétricas, auxiliando as partes relativas à segurança, à confiabilidade técnica e ao cumprimento dos requisitos legais. Este trabalho tem como objetivo analisar as exigências de documentação técnica para os projetos das instalações elétricas no Brasil por meio de uma revisão da legislação nacional pertinente ao tema em questão. A análise dessas exigências é feita partindo do ponto de vista das exigências da Norma Regulamentadora NR 10,que é um documento que possui força de lei e que trata especificamente sobre segurança em serviços e instalações elétricas. A NR 10 faz referências a outros documentos, legais e técnicas, e é necessária a revisão de toda a literatura pertinente abrangendo as normas técnicas, outras normas regulamentadoras e a legislação nacional e estadual. Nesse trabalho, é feita a analise de todos os documentos relacionados a instalações elétricas, que contenham exigência com relação à documentação técnica para projetos elétricos e, após essa analise, é feito um resumo dessas exigências, de maneira a auxiliar na compreensão e no cumprimento ao que é exigido pela legislação à documentação técnica para projetos das instalações elétricas. Legislação brasileira O texto básico inicial para essa análise é a Norma Regulamentadora NR 10, que trata da segurança em instalações e serviços envolvendo eletricidade e estabelece referências a serem seguidas dentro do seu âmbito de aplicação. Essa norma foi escolhida como ponto de partida para este estudo porque possui força de lei e trata especificamente sobre eletricidade do ponto de vista da segurança. Dentre as diversas normas e instruções técnicas que devem ser consultadas para pleno atendimento da NR 10, serão analisados outros documentos pertinentes às instalações elétricas como as normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego do Brasil, as da Associação Brasileira de Normas Técnicas, as instruções técnicas do Corpo de Bombeiros Militar e as normas técnicas da concessionária de energia elétrica do estado em que a instalação elétrica se encontra. Serão analisados apenas a legislação e os documentos de âmbito nacional, já que, no Brasil, há diferenças entre as legislações e as instruções técnicas do CBM de cada Estado. Além da NR 10, os documentos analisados neste trabalho são a Norma Regulamentadora nº 23 – Proteção contra incêndio (NR 23), do TEM; a ABNT NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão; a ABNT NBR 14039 – Instalações elétricas de média tensão de 1kV a 36,2kV; a ABNT 5419 – Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas e a ABNT NBR IEC 60079-14 – Equipamentos elétricos para atmosferas explosivas – Parte 14 -Instalação elétrica em área classificada (exceto minas). Cada um dos documentos analisados neste trabalho se encontra em sua visão mais recente à época da publicação, sendo necessária a sua atualização conforme as normas sofram algum tipo de revisão. Norma regulamentadora nº 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade A NR 10, que trata da segurança em instalações e serviços envolvendo eletricidade, foi concebida com o objetivo de resguardar a saúde e garantir a segurança dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente com eletricidade. Ela consiste em 14 itens que definem o seu escopo de aplicação e, neste trabalho, serão analisados os itens relativos às exigências documentais para os projetos elétricos das instalações elétricas e suas possíveis referências. Já no inicio da norma, no seu segundo item, o 10.1.2, é definido que a NR 10 “se aplica às fases de geração, transmissão, distribuição e consumo, incluindo as etapas de projeto, construção montagem, operação, manutenção das instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades, observando-se as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na ausência ou omissão destas, as normas internacionais cabíveis”. As normas técnicas estabelecem quais condições às instalações devem satisfazer e elas não visam somente a parte técnica relacionada à montagem da instalação e sua posterior manutenção. Dentre suas diretrizes estão também à garantia da segurança de pessoas e animais, o funcionamento adequado da instalação e a conservação dos bens. Nesse intuito, entende-se que a NR 10 é um texto prioritário porque é mais abrangente do que as normas técnicas, em especial, no tocante à segurança em serviços envolvendo eletricidade. A NR 10 é uma norma regulamentadora, ou seja, possui força de lei, mas não tem caráter técnico. Entretanto, ela estabelece, em seu texto, exigências quanto à documentação relativa aos projetos elétricos das instalações elétricas. Essa documentação possui diferenças dependendo da carga instalada do estabelecimento e do local onde o serviço é realizado, conforme itens 10.2.3 e 10.2.4 da norma. Não deve ser confundida a carga instalada com a carga demandada ou ser considerada a carga utilizada em determinado período do dia, já que isso gera um valor, medido ou estimado, que pode não corresponder à carga instalada. A medição da carga em determinado período do dia, pode, inclusive, ser feita de forma a tentar mostrar que um determinado estabelecimento possui carga instalada menor de 75kW, eximindo a empresa de possuir documentos pertinentes a essa classe de carga instalada. Seguindo na análise dos itens pertinentes, encontra-se no item 10.2.3 a obrigatoriedade das empresas em “manter esquemas unifilares atualizados das instalações dos seus estabelecimentos com as especificações do sistema de aterramento e demais equipamentos e dispositivos de proteção”. Tem – se que, independentemente do porte e do tipo da instalação, essa é a documentação mínima segundo esta NR. Para empresas com carga acima de 75 kW, a documentação deve ser complementada conforme descreve o item 10.2.4. Esse item introduz o conceito do Prontuário de Instalações Elétricas (PIE), que é o nome adotado para o conjunto de documentos técnicos e administrativos sobre a instalação. Os documentos ficam organizados em torno de um só objeto, podendo ser uma pasta, eletrônica, podendo ser uma pasta, eletrônica ou impressa, um banco de dados ou outra forma que possibilite o acesso aos documentos de forma organizada, objetiva e rápida aqueles a quem é de direito. Pelo item 10.2.4, percebe-se a preocupação dada à documentação que compõe o PIE, já que não deve ser elaborada, mas sim revisada, ajustada, se necessário, e com cronograma para execução e adequações. A norma estabelece, no item 10.2.7, a exigência de que todo documento técnico que compõe o PIE deve ser elaborado por profissional legalmente habilitado. Podem ser considerados profissionais legalmente habilitados os técnicos e os engenheiros que possuam registro no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura, o CREA. Dentro das medidas de proteção coletiva, a NR 10 estabelece o aterramento elétrico como uma dessas e abriga no item 10.2.8.3, a sua execução em conformidades com a regulamentação estabelecida pelos órgãos competentes e, na sua ausência, as normas internacionais vigentes. Além, da exigência da NR 10 foi sancionada a lei nº 11.337 de 2006 que “determina a obrigatoriedade de as edificações possuírem sistema de aterramento e instalações elétricas compatíveis com a utilização de condutor - terra de proteção, bem como torna obrigatório à existência de condutor – terra de proteção nos aparelhos elétricos que especifica”. O item 10.3 da NR 10 trata especificamente dos projetos elétricos, definindo os requisitos básicos de sua composição, independentemente da carga instalada da planta. O ponto – chave desta seção da NR 10, dentro do escopo deste trabalho, é o item 10.3.8 que exige que os projetos elétricos deva atender ao que dispõe as regulamentações técnicas estabelecidas, ou seja, devem seguir as normas técnicas brasileiras, produzidas pela ABNT, devendo ser analisadas as exigências dessas normas a respeito da documentação referente aos projetos elétricos. Cabe ressaltar pontos importantes que contribuíram para o aumento da segurança em projetos elétricos como a obrigatoriedade da especificação de dispositivos de seccionamento que possuam recurso para impedir a reenergização e a previsão de condições para adoção do aterramento temporário. Esses dois itens estão relacionados diretamente com o procedimento de desenergização descrito na NR10. Um problema existente nas instalações elétricas é a sua manutenção que, se não realizada correta e periodicamente, pode se tornar um fator de risco para as pessoas e para o patrimônio, já que, em caso de falha, as consequências podem ser desastrosas, como incêndios, parada de produção ou mesmo a morte de pessoas. O item 10.4.4 estabelece que “as instalações elétricas devem ser mantidas em condições seguras de funcionamento e seus sistemas de proteção devem ser inspecionados e controlados periodicamente, de acordo com as regulamentações existentes e definições de projetos”. No tocante à proteção contra incêndio, na seção 10.9, foram estabelecidos quatro itens que devem ser atendidos do ponto de vista de projetos elétricos, sendo feita, no primeiro deles, a exigência de se cumprir o estabelecido na NR 23. É importante notar a preocupação da NR 10 com relação aos equipamentos que se aplicam ao ambiente com atmosfera potencialmente explosiva, estabelecendo a necessidade de estar em conformidade com as definições do Sistema Brasileiro de Certificação. Com relação às instalações elétricas em áreas classificadas, devem ser observadas normas técnicas pertinentes, como a ABNT NBR IEC 60079-14: 2009 – Equipamentos elétricos para atmosferas explosivas – Parte 14 – Instalação elétrica em área classificada (exceto minas). Norma regulamentadora nº 23 – Proteção contra incêndio e explosão O primeiro item da norma (23.1) faz a referência para que sejam cumpridas as determinações da legislação estadual e das normas técnicas aplicáveis. A referência é feita dessa forma porque há uma legislação específica para cada um dos Estados brasileiros. Pela NR 23 não é feita nenhuma exigência específica a respeito da documentação técnica envolvendo projetos elétricos, logo, diante das definições dessa norma, o próximo passo é verificar a legislação estadual. Neste trabalho não será feita análise no âmbito estadual. Para título de conhecimento, a IT do CBM do Estado de Minas Gerais relativa a subestações elétricas faz referência ao cumprimento no disposto nas normas técnicas da ABNT. ABNT NBR 5410/2004 - Instalações elétricas de baixa tensão A norma ABNT NBR 5410 tem por objetivo definir as condições que devam ser satisfeitas pelas instalações elétricas de baixa tensão, de forma a assegurar a segurança de pessoas e animais juntamente com o funcionamento adequado da instalação e a conservação dos bens. As normas da ABNT não possuem força de lei, mas devem ser tratadas como tal conforme a exigências de alguns textos legais como o NR 10, através dos itens 10.2.1 e 10.3.8 e o CDC, através do inciso VIII do art.39. Com relação à documentação técnica exigida para projetos elétricos, a ABNT NBR 5410 possui itens específicos sobre as exigências documentais das instalações elétricas executadas sob suas definições descritas nos itens 6.1.8.1 e 6.1.8.2. Nos itens citados da ABNT NBR 5410, ficam claras quais são as exigências mínimas relativas aos projetos elétricos pela norma técnica. Já no texto inicial do item 6.1.8.1 a norma exige que a instalação seja executada a partir de um projeto especifico que tenha a documentação mínima descrita, ou seja, essa documentação deve estar junto ao projeto antes de sua execução. Na prática, podem ocorrer mudanças ao longo da execução que, possivelmente, podem vir a exigir uma revisão dos documentos. Nesse caso, é importante que a revisão seja feita antes da execução de forma a se ter um projeto definido e dimensionado para uma correta execução. Um ponto importante é que, pela norma técnica ABNT NBR 5410, não há distinção entre a documentação para os projetos das instalações elétricas em função da sua carga instalada, diferentemente da NR 10, que possui diferentes exigências documentais para instalações elétricas conforme o valor de sua carga instalada. A documentação técnica para projetos elétricos, conforme a ABNT NBR 5410, inclui a entrega, final da execução da instalação, de um manual do usuário caso não exista uma equipe de operação, supervisão e/ou manutenção que seja advertida ou qualificada conforme a classificação BA4 OU BA5 da Tabela 18 da ABNT NBR 5410. Nesse sentido, as instalações voltadas para o publico em geral deve fornecer o previsto na norma com relação aos projetos e também o manual da instalação. Esse manual está coerente com o que prevê o CDC no Art.6, incisos II e III [6]. ABNT NBR 14039/2003 – Instalações elétricas de média tensão de 1kV a 36,2 Kv A norma técnica ABNT NBR 14039 possui exigências a respeito da documentação relativa aos projetos elétricos elaborados dentro de seu âmbito de atuação. As exigências com relação aos projetos elétricos abrangidos pela norma estão definidas nos itens 6.1.7.1 e 6.1.7.2. As exigências relativas à documentação técnica para projetos elétricos são, em sua essência, as mesmas da ABNT NBR 5410, ou seja, são necessários os projetos elétricos (plantas), esquemas unifilares, detalhes de montagem de equipamentos e outros necessários, memorial descritivo, especificação de componentes da instalação e a entrega, ao final, dos projetos revisados na forma como foram executados, ou se “as built”. ABNT NBR 5419/2005 – Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas Outra norma importante na área da eletricidade é a ABNT NBR 5419 que é a norma técnica que trata da proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. Essa norma também deve ser consultada da ocasião do projeto das instalações elétricas e poderá ou não ser utilizada, visto que deve ser definido durante a concepção do projeto se a estrutura em questão deve ou não possuir um Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (SPDA). No acaso de a estrutura necessitar de um sistema de proteção contra esse agente da natureza, deve ser seguido suas prescrições incluindo as exigências quanto ao projeto desse sistema de proteção. Na ABNT NBR 5419, a documentação técnica para projetos elétricos é tratada no item 6.4, em que são definidos quais documentos devem ser emitidos, inclusive, quanto ao local de sua disponibilidade e em que pode ou ela deve estar. Dentre as exigências a respeito da documentação técnica para projetos elétricos, exigida pela ABNT NBR 5419, percebe-se que não há cálculo para efeito de dimensionamento dos elementos que compõem o sistema de proteção contra descargas atmosféricas, como ocorre para condutores elétricos nos projetos das instalações elétricas. O dimensionamento desses elementos é definido pela norma conforme o tipo de material utilizado, como o cobre, o alumínio ou aço galvanizado. Outra definição da norma é que, dependendo da altura da estrutura a ser protegida e o nível de proteção, algumas técnicas de proteção não são aplicáveis. ABNT NBR IEC 60079 – Equipamentos elétricos para atmosferas explosivas – Parte 14 – Instalação elétrica em área classificada (exceto minas) As instalações elétricas em atmosferas explosivas merecem atenção especial porque apresentam elevado risco, podendo gerar graves danos às pessoas e ao patrimônio. A ABNT apresenta, na norma técnica NBR IEC 60079, a Parte 14 que trata especificamente das instalações elétricas em áreas classificadas e essa norma é a tradução da norma técnica que trata deste mesmo tema na International Electrotechnical Commission (IEC). As exigências sobre a documentação técnica para projetos elétricos dessa norma estão definidas no item 4.2. A norma ABNT NBR IEC 60079, Capítulo 14, é uma norma complementar às outras normas técnicas sobre instalações elétricas conforme se percebe pela informação dada no início do item 4.2. Assim, essa norma só será utilizada caso a instalação possua área com atmosfera explosiva. Essa norma cita outras duas que também devem ser observadas para cumprimento das exigências de documentação. A ABNT NBR IEC 60079. Capítulo 10 indica as exigências sobre a classificação de áreas e o seu Capítulo 17 indica as exigências quanto à inspeção e manutenção de instalações elétricas em áreas classificadas. Analise de legislação brasileira de âmbito nacional Conforme se percebe, cada norma analisada neste estudo possui suas próprias exigências com relação à documentação técnica referente aos projetos elétricos. Alem do que é exigido especificamente no texto de cada norma, há também referências a outras normas, fazendo necessária a analise de um conjunto de normas e não apenas de um único documento para o atendimento às exigências que a legislação determina. Através do texto base utilizado, a NR 10 é uma norma muito abrangente, que trata das diretrizes de segurança em instalações e serviços em eletricidade incluindo todas as etapas que envolvem esse tipo de trabalho. Essas características não poderiam ser diferentes, já que a NR 10 é uma norma regulamentadora produzida pelo M.T.E, que é o órgão responsável pela regulamentação relativa à segurança no trabalho no Brasil. Esse documento deve ter a maior abrangência possível para que não haja situações que não tenham a segurança comprometida. A NR 10, em seu texto, possui diretrizes gerais sobre a segurança em eletricidade e aborda dois focos: o primeiro é relativo às intervenções realizadas nas instalações elétricas e o outro foco é no que tange às instalações elétricas em si. O primeiro foco da NR 10, que é o relacionado aos serviços, é o principal, já que a preocupação com a relação à segurança que esta norma aborda é com relação aos trabalhadores que interajam direta ou indiretamente com as instalações elétricas. O segundo foco aborda características da instalação elétrica, ou seja, a forma como as instalações são projetadas e especificadas do ponto de vista dos equipamentos, matérias e das condições que elas precisam satisfazer, sendo este o foco que possui maior interesse neste trabalho. A NR 10 possui suas próprias exigências mínimas com relação à documentação técnica que deve existir nos projetos elétricos e possui uma consonância muito grande com a ABNT NBR 5410, entretanto, existem algumas observações a serem feitas. Inicialmente, deve-se chamar a atenção para o fato de que a ABNT NBR 5410 não distingue a documentação técnica exigida das instalações pela carga instalada, mas sim pelo tipo de usuário dessa instalação, diferentemente da NR 10, conforme visto anteriormente. Assim,a diferença entre as duas normas citadas, a NR 10 e a ABNT NBR 5410, é que a segunda exige que seja entregue, ao final da instalação um manual de usuário no caso da instalação não possuir pessoas advertidas a respeito dos perigos da eletricidade. Outra diferença é a falta de explicitar, na NR 10, a exigência de serem apresentados os parâmetros de projeto juntamente com o restante da documentação. Na NR 10, o item 10.3.9 g) exige a compatibilização dos dispositivos de proteção à instalação e uma das formas de realizar essa compatibilização é utilizando as correntes de curto-circuito calculadas nos locais de instalação desses equipamentos. Com relação à ABNT NBR 14039, A NR 10 também possui similaridade, já que a ABNT NBR 14039 traz quase as mesmas exigências documentais que as constantes na ABNT NBR 5410. OS únicos itens que não estão descriminados na norma de média tensão e presentes na norma de baixa tensão são os parâmetros de projeto (correntes de curto-circuito, queda de tensão, fatores de demanda considerados, temperatura ambiente, etc.) e o manual do usuário. O ultimo não é considerado necessário pelo fato de que essa norma não permite, entre outras restrições, a presença de pessoa inadvertida (comum) próxima a uma subestação. Uma exigência, entretanto, que deveria estar explicita no texto da norma diz respeito à necessidade da memória de cálculo, que deve ser realizada para o correto dimensionamento dos projetos. A ABNT NBR 5419, como indicado em seu texto, exige, inicialmente, a comprovação da necessidade ou não da instalação do SPDA por meio de justificativa técnica, devendo contemplar o nível de proteção e o risco de exposição, ou seja, a estrutura pode não necessitar da instalação de um sistema de proteção segundo o critério de cálculo proposto, mas devido a fatores qualitativos como a sensação de segurança plena e de que não deve haver qualquer risco de morte evitável, o projetista poderá elaborar o projeto. O método de proteção a ser utilizado será definido conforme o nível de proteção estabelecido, por calculo ou por exigência do interessado, e as características dimensionais da estrutura em questão. Uma peculiaridade existente na ABNT NBR 5419 é que não há explicitamente a exigência de ser elaborado um memorial descritivo ou de dimensionamento dos elementos da instalação. A especificação de matérias se faz no próprio desenho, onde devem ser indicados “as dimensões, os matérias e as posições de todos os componentes do SPDA, inclusive os eletrodos de aterramento” e o dimensionamento está descrito na norma conforme os diferentes tipos de materiais que podem ser utilizados na composição dos elementos que compõem o sistema de proteção. Esse tipo de informação normalmente estaria descrito no memorial de cálculo da instalação contendo os parâmetros de projeto. Os itens 6.4c) e d) da ABNT NBR 5419 possuem algumas peculiaridades a serem analisadas conforme cada projeto. Quando as fundações forem utilizadas como eletrodos de aterramento, os itens c) e d) não se aplicam e, no caso de ser inviável tecnicamente, a medição da resistência de aterramento e/ou a estratificação do solo deve-se justificar tecnicamente os motivos. A norma estabelece, no item 6.1 e), que a medição da resistência pode ser dispensada, desde que ela seja calculada a partir da estratificação do solo utilizando um programa adequado. Na prática, deve-se preferência à utilização da própria estrutura de armação metálica da edificação, quando for o caso. Isso pode reduzir de maneira considerável os custos com matérias nobres, como o cobre, gera menos impacto visual e facilita a manutenção do sistema. Conclusões Após a análise dos diversos documentos que envolvem a documentação técnica de projetos elétricos percebe-se claramente que não basta apenas a consulta a um único documento. A consulta apenas à norma regulamentadora NR 10 ou somente às normas técnicas não contempla toda documentação técnica relativa aos projetos elétricos necessários ao atendimento do que exige a legislação brasileira. Existem diversas formas de separação das instalações, como pelo nível de tensão, pela carga instalada, pela carga demandada, pelo tipo de instalação e pela forma de alimentação pela concessionária. No âmbito de aplicação das normas reguladoras e técnicas, foi possível realizar um resumo das exigências relativas à documentação técnica de todas as normas, exceto das normas relativas ao fornecimento de energia da concessionária de energia elétrica ocal e pelas instruções técnicas dos CBMs. Os motivos para não inclusão das exigências pelas normas técnicas da concessionária de energia são o fato de a legislação ser aplicável somente ao Estado em que a instalação se encontra e devido ás exigências de documentação técnica serem referentes à interface entre a instalação e o ponto de entrega da alimentação elétrica pela concessionária, não sendo exigidos documentos relativos à parte interna à unidade consumidora. As instruções técnicas dos CBM não foram incluídas devido à sua aplicação também serem apenas no Estado em que a instalação se encontra. O conhecimento acerca das exigências sobre a documentação técnica para projetos elétricos é um fator importante na gestão da segurança das instalações elétricas. Um problema enfrentado é a existência de vários documentos pertinentes aos projetos elétricos que não indicam, individualmente, todas as exigências que a documentação técnica dos projetos elétricos deve cumprir. Nesse sentido, esse trabalho procurou, pela análise da legislação nacional, identificar quais são as exigências de cada diploma, legal ou técnico, sobre a documentação técnica a ser apresentada nos projetos elétricos sob seu campo de aplicação e indicar um resumo, por meio da divisão por três características de instalações elétricas. Esse trabalho não teve a intenção de substituir o estudo e o entendimento das normas e leis analisadas, sendo necessária sua verificação, em especial com relação às atualizações realizadas em virtude dos trabalhos dos órgãos que são responsáveis pela elaboração e publicação desses documentos. Espere-se que este trabalho possa contribuir para um melhor entendimento das exigências de documentação técnica envolvendo os projetos elétricos dos diversos tipos de instalação elétrica tratados nesse texto perante a legislação nacional. REFERÊNCIAS • M.T.E. Norma Regulamentadora nº 10 - Segurança em instalações e serviços em eletricidade, 2004. • BRASIL. Lei nº 11.337, de 26 de julho de 2006. Determina a obrigatoriedade de as edificações possuírem sistema de aterramento e instalações elétricas compatíveis com a utilização de condutor - terra de proteção, bem como torna obrigatória à exigência de condutor- terra de proteção nos aparelhos elétricos que específica. Diário Oficial da Republica Federativa do Brasil, Brasília, DF, 27 de julho de 2006. Disponível em www.planalto.gov.br/ccivil¬_03/_Ato 2004-2006/2006/Lei/LI 13337. htm - Acesso em: 25 jun.2011. • M.T.E .Norma Regulamentadora nº 23 – Proteção contra incêndio,2011. • Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais. Instrução Técnica nº 30 – Subestações elétricas. Belo Horizonte. Disponível em: www.bombeiros.mg.gov.br/component/content/article/471instrucoestecnicas. html. Acesso em: 14 de junho 2011. • ABNT NBR 5410: Instalações elétricas de baixa tensão. Rio de Janeiro 2004. • Brasil. Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990. Código de Defesa do Consumidor. Diário Oficial da Republica Federativa do Brasil, Brasília, DF, 12setembro. 1990. • www.planalto.gov.br/ ccivil/leis/18078. htm. Acesso em: 14 de junho de 2011. • ABNT NBR 14039: Instalações elétricas de média tensão de 1,0 Kv a 36,2 kV,2005. • ABNT NBR 5419: Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas, 2005. • ABNT NBR IEC 60079-14:2009 – Equipamentos elétricos para atmosferas explosivas - Parte 14 – Instalações elétrica em área classificada (exceto minas),2009. Por Daniel Graciliano Gontijo Fonte: Revista O Setor elétrico - Ano 7 - Edição 73 Fevereiro de 2012.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

O QUE É FUGA DE CORRENTE ELÉTRICA

A fuga de corrente é uma espécie de "vazamento" da corrente elétrica que pode ocorrer nas instalações elétricas. Podemos afirmar que este defeito é sempre relacionado com a isolação dos condutores e/ou dos equipamentos elétricos, ou seja, o ressecamento, o escurecimento e o trincamento da isolação indicam que estes sofreram algum tipo de sobrecarga. É possível testar se o problema está ocorrendo na instalação elétrica, desconectando todos os equipamentos da tomada, desligar todas as lâmpadas e acompanhar o relógio medidor de energia. Caso o medidor continuar registrando consumo com todos os equipamentos e lâmpadas desligados, é por que a fuga corrente está acontecendo em algum ponto da instalação elétrica. Para facilitar a detecção desse problema, os circuitos devem ter um dispositivo chamado DR (Disjuntor Diferencial Residual). Esse elemento desarma no caso de fuga de corrente e, com isso, evita choques em pessoas e danos em equipamentos Recomendamos realizar frequentemente revisão e manutenção das instalações elétricas e não conectar vários equipamentos em uma mesma tomada, pois isso poderá ocasionar uma sobrecarga na instalação e perigo de superaquecimento. Cide Meira é Tecnólogo em Manutenção Elétrica (Cefet-Ba); Licenciado em Eletricidade (UNEB) e Eletrotécnico (ETFBa) - Especializações: MBA em Gestão de Empresarial (FGV) e Design Instrucional com ênfase em Educação (SENAI-Ba) - Atividades:Gestor de Unidade de Educação Profissional e Professor de Física do ensino médio (12 anos). Autor: Cide Meira de Andrade Data: 02/04/2012

segunda-feira, 16 de abril de 2012

A CADA DOIS DIAS UMA PESSOA MORRE ELETROCUTADA EM SÃO PAULO

Levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo aponta que praticamente a cada dois dias, em média, uma pessoa morre em decorrência de descarga elétrica em todo o Estado. Em 2010, último dado consolidado disponível, foram registrados 167 óbitos. Destes, 157 eram homens (94%), com idade entre 30 e 49 anos (81 casos). Os homens também lideram o ranking das internações provocadas por contato a corrente elétrica. Das 1.225 hospitalizações registradas em 2011, 77% eram masculinas. De acordo com o supervisor médico do Grupo de Resgate e Atendimento a Urgências (Grau) da Secretaria, Gustavo Feriani, a realização das atividades laborais é a principal razão para que a maioria das vítimas seja masculina. “Os homens fazem serviços de obras ou reparos em domicílio, muito próximos à rede elétrica. Na grande maioria das vezes, infelizmente, sem equipamentos de proteção ou cuidados específicos para essa atividade", explica Feriani. Além disso, houve um crescimento de 91% dos casos de internação por conta à exposição à corrente elétrica nos últimos quatro anos. Em 2008, foram 642 registros de hospitalização. Em 2009 houve 1.004 internações e, em 2010, 1.031 hospitalizações. Nestes últimos quatro anos, a região de Piracicaba é a que mais acumulou casos de internações (2.584), seguida da Grande São Paulo (762) e de Sorocaba (105). Os municípios que mais contabilizaram hospitalizações neste período foram Piracicaba (2.104), São Paulo (457) e São Pedro (164), também localizado na região de Piracicaba. Segundo o supervisor médico do Grau, em muitos casos, a pior lesão não é a que está visível, uma vez que a corrente elétrica passa pelos tecidos com menor resistência, causando maior impacto nos músculos, nervos e vasos. “A vítima pode ter arritmia cardíaca grave causada pelo choque, destruição muscular grave, queimaduras de pele nas áreas de entrada e de saída da corrente elétrica pelo corpo e, tardiamente, insuficiência renal aguda e até morte", afirma Feriani. Para o especialistas, toda queimaduras elétricas, mesmo as causadas por baixa voltagem, necessita de avaliação e cuidados médicos. Publicado por Assessoria de Imprensa em 29/03/2012. Fonte: Secretaria de Saúde de SP