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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

PAÍS VAI ESTIMULAR USO DA ENERGIA FORA DO HORÁRIO DE PICO

Conta de luz terá valor reduzido a partir de 2012; consumidor terá de mudar hábitos e evitar banho entre as 18h e as 20h

Tarifa Branca cria três faixas diárias de preços; mudança é opcional e depende da adoção de medidor digital.
O velho relógio de luz, ancorado nos postes em frente as nossas casas, está com os dias contados e pode começar a sair de cena em 2012.
Vem aí o medidor digital e com ele uma pequena revolução em como se usa a energia elétrica no país.
A mudança adiante não é um negócio trivial. Somente o plano nacional de substituição dos 65 milhões de medidores instalados no país, cujo padrão ainda não foi definido pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), vai criar um negócio de pelo menos R$ 13 bilhões.
A novidade: o medidor deixará de ser somente um relógio. Será convertido numa pequena central com comunicação entre moradia e a distribuidora de energia.
Essa mudança será capaz de transformar a malha de cabos de energia numa rede inteligente (o chamado smart grid), com serviços que atualmente não são oferecidos.
Entre as novidades que podem surgir estão a “energia pré-paga”, o desligamento e o religamento remotos e a informação instantânea sobre falta de luz – Atualmente, a distribuidora só aciona os técnicos quando é informada pelo consumidor. Há grande expectativa também com a opção de adotar tarifas diferenciadas ao longo do dia.
O plano do governo é instituir essa modalidade de tarifa contando com uma possível mudança de comportamento do brasileiro.

MUDANÇA DE HÁBITO
A concentração do consumo de energia entre as 17h e as 21h – principalmente o uso do chuveiro elétrico nesse período do dia – custa uma fortuna para o país, tanto em planejamento como em expansão de usinas.
Transformadores de rua, hidrelétrica e termelétricas ficam ociosos ao longo do dia, mas trabalham a plena carga em cerca de três horas do dia, no horário de pico.
É nesse momento que muitas termelétricas (mais caras e poluídas por outras fontes) são ligadas, principalmente no inverno, época do ano em que chove menos, e o nível de água nos reservatórios de hidrelétricas está mais baixo.
Essa operação dispendiosa e cada vez mais comum – pois a folga das hidrelétricas para atender o pico de consumo vem caindo – exige muito do país.
A nova modalidade de tarifa pode, no médio e no longo prazo, minimizar esse problema, se tornando uma opção para os consumidores.
Com os novos medidores digitais, será possível optar pela Tarifa Branca – opção à cobrança convencional. A adesão não será obrigatória.

TRÊS TARIFAS
Com ela, o consumidor terá três tarifas diferentes num dia. Pagará metade do valor da tarifa convencional quando gastar energia fora do horário de pico, mas pagará 150% da tarifa convencional nos chamados horários intermediários (nas horas que antecedem e que precedem o horário de pico).
Há ainda a tarifa no período de alta demanda. Nesse intervalo de três horas, das 18h às 20h, (período que pode mudar conforme a região do país), o preço da energia será 250% do preço da tarifa convencional.
A idéia é dar uma opção tarifária para os consumidores, levando a usar energia fora do pico.

Agência quer que empresas paguem os custos da troca

A nova tarifa (chamada de Tarifa Branca) só estará em vigor após a revisão tarifária da distribuidora de sua região. As 63 distribuidoras do país passarão pela revisão entre 2012 a 2014.
A oferta dessa tarifa para o consumidor também dependerá ainda da disponibilidade do medidor digital, que substituirá o atual relógio eletromecânico. Ele é que fará a leitura do consumo e o horário em que ocorreu, bem como serviços como a energia pré-paga.
A Annel quer que a substituição dos relógios ocorra sem custo para o consumidor. A Agência acha que os ganhos de eficiência com os novos medidores vão gerar economia suficiente para a distribuidora bancar o custo da troca.

Fonte:
Folha de S.Paulo – mercado B3
Terça-feira, 29 de Novembro de 2011

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

É ESSENCIAL PERCEBER RISCOS E PERIGOS PARA REALIZAR TAREFAS DE MODO SEGURO

A percepção de risco e perigo pelo trabalhador apresenta divergências em relação às definições técnicas encontradas na literatura. O estudo dessas definições é essencial, pois pode influenciar a tomada de decisão, o comportamento e a prevenção frente a situações que possam resultar em acidentes de trabalho.
O artigo baseia-se em um estudo desenvolvido junto a eletricistas que atuam na distribuição de energia elétrica, trabalhando na construção e manutenção de redes de distribuição. Eles executam tarefas como trabalho com linhas energizadas, tracionamento de cabos, escalada em postes, levantamento de cruzetas, abertura e fechamento de chaves de manobra, instalação e troca de transformadores, entre outras funções. Um eletricista só estará apto a realizar estas funções após treinamento específico e realização de curso de NR 10, estando ciente da necessidade do uso dos Equipamentos de Proteção Individuais e Coletivos.
A coleta de dados foi realizada por meio de pesquisa diretamente com os funcionários da concessionária de energia elétrica e teve como objetivos: detectar a percepção dos eletricistas sobre perigo e risco e seu comprometimento e envolvimento com a segurança na execução dos serviços. A concessionária divide-se em três segmentos: geração, transmissão e distribuição. O estudo foi realizado com eletricistas da distribuição, segmento que compreende os potenciais após a transmissão, indo das subestações de distribuição e entregando energia elétrica aos clientes.
A distribuição de energia elétrica aos clientes é realizada nos potenciais de 220/127 e 380/220 V até 23 kV e possui diversas etapas de trabalho: recebimento e medição de energia elétrica nas subestações; rebaixamento ao potencial de distribuição da energia elétrica; construção de redes de distribuição; montagens de transformadores e acessórios em estruturas nas redes de distribuição; montagens de subestações de distribuição; manutenção das redes de distribuição aérea; manutenção das redes de distribuição subterrânea; medição do consumo de energia elétrica; operação dos centros de controle e supervisão da distribuição, entre outros. As atividades de distribuição de energia elétrica podem ser realizadas em sistemas desenergizados (manutenção com "linha morta") ou energizados (manutenção com "linha viva").
Todos os eletricistas recebem treinamento em NR 10 (Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade), o que não é suficiente para evitar que aconteçam acidentes de trabalho. Segundo estatísticas, a maioria dos acidentes não ocorre por choque elétrico, mas por queda em altura, depois por acidentes de trânsito e, em terceiro lugar, por choque elétrico.

Fonte:
Revista Proteção – Edição 236
Autora: Gerusa Beatriz da Silva

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

A OBRIGATORIEDADE E AS VANTAGENS DOS SERVIÇOS DE CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS

Tendo em vista que, na grande maioria dos processos industriais, temos a presença de produtos inflamáveis e combustíveis, desde os insumos, produtos intermediários, e finais, a NR-10, Norma Regulamentadora de Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade, publicada em 2004 pelo MTBE, exige a identificação das fontes de risco, trabalho que é consolidado nos levantamentos, estudos e geração dos desenhos de Classificação de Áreas, indispensáveis para a seleção dos tipos de proteções requeridos para os equipamentos e dispositivos elétricos, de instrumentação e de comunicações a serem aplicados na implantação dos empreendimentos, bem como na indispensável vistoria e adequação dos equipamentos de unidades existentes, para sua devida regularização. A Segurança do patrimônio e do pessoal envolvido: Para as empresas dos setores químico, petroquímico, de petróleo, farmacêuticas, de tintas e vernizes, resinas, alimentícias, e outras, onde há a presença de gases, vapores, poeiras ou fibras, o risco de explosão deve ser considerado, pois traz normalmente conseqüências catastróficas, causando incêndio, destruição, feridos e até mortes. Portanto, devem ser tomadas todas as ações para PREVENÇÃO da Explosão. A INFORMAÇÃO é o melhor meio para a PREVENÇÃO, ou seja, fica evidente que a disponibilização dos estudos de CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS é fundamental para que a instalação seja definida (ou regularizada) de forma a contemplar os riscos presentes em cada ambiente da indústria, para a SEGURANÇA do pessoal, direta ou indiretamente envolvido com estas instalações, e conseqüentemente do patrimônio como um todo. As responsabilidades decorrentes: Sabemos que uma falha no projeto, na instalação ou na manutenção que possa ocasionar explosão trará conseqüências desastrosas. Em 13.1 a NR-10 define que as responsabilidades são solidárias aos contratantes e contratados envolvidos. Portanto, fica evidencia também a necessidade de treinamento de todos os envolvidos nos fundamentos para Classificação das Áreas, bem como nas formas de PROTEÇÃO E PREVENÇÃO adotadas. Em 13.2 a NR-10 enfatiza que: É de responsabilidade dos contratantes manterem os trabalhadores informados sobre os riscos a que estão expostos, instruindo-os quanto aos procedimentos e medidas de controle contra os riscos elétricos a serem adotados. Em 10.13.4.b temos que: Cabe aos trabalhadores responsabilizarem-se junto com a empresa pelo cumprimento das disposições legais e regulamentares, inclusive quanto aos procedimentos internos de segurança e saúde; Em 10.9.2 é referenciada a Portaria INMETRO correspondente, ou seja: Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas de ambientes com atmosferas potencialmente explosivas devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certificação. Estes certificados devem estar arquivados no Prontuário das Instalações Elétricas, para a devida rastreabilidade, tanto em auditorias internas, como nas fiscalizações pelo MTBE ou outros agentes. As vantagens econômicas: O investimento inicial será minimizado: 1º) pela aplicação de equipamentos com proteções especiais somente nos pontos onde forem identificadas, classificadas e determinadas as efetivas zonas de influência das fontes de risco; 2º) nos custos de montagem e instalação, pela otimização na seleção de componentes especiais que exigem maior especialização na sua instalação. Os custos operacionais serão minimizados: 3º ) pois a manutenção especializada e a reposição dispendiosa ficarão restritas aos equipamentos especiais especificamente localizados; e 4º) os custos com taxas de seguros ficarão restritos e otimizados pelo adequado GERENCIAMENTO DOS RISCOS, que é decorrente da CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS, visto que esta propicia melhorar a SEGURANÇA pela adequação do tratamento dos ambientes de processo e pela criteriosa seleção das proteções dos dispositivos, somente onde efetivamente requerido.

Fonte:
Site: Abracopel – Por: Sergio Raush
Agosto de 2011